Seu guia de viagem em Portugal | 14 anos no ar

    “A minha história começou em Portugal. Nasci lá. Vim para o Brasil pouco antes de completar seis anos. Minha família, assim como tantas, veio para o Brasil atrás de oportunidades de trabalho. Luta árdua, muitas dificuldades, mas nunca desanimamos. Meus pais foram heróis. Cresci longe da minha terra, mas as raízes nunca secaram.

    Casei-me com uma Madeirense (que sorte eu tive) e o fruto disso são duas filhas maravilhosas. O tempo passou, as meninas cresceram e, para minha alegria, elas adoram Portugal. As duas já lá estiveram, e uma delas, a mais nova, casou e lá está morando com o marido.

    Guimarães
    Guimarães

    Nesses anos todos em que aqui vivo, nunca tinha voltado à minha terra. Minha filha foi um grande incentivo para lá eu voltar. Estive por lá no verão do ano passado (2013), e a alegria que senti foi contagiante.

    Tenho por lá muitos parentes, estou bem atualizado com as coisas que lá acontecem, mas o que senti foi indescrítivel. Quando desci no aeroporto de Lisboa, meu coração disparou. A sensação de pisar em solo lusitano (minha pátria) era um sonho. Depois de tantos anos longe, tudo para mim era novidade.

    Aveiro e Lisboa
    Aveiro e Lisboa

    Nos vinte dias que lá estivemos, conhecemos muitas cidades, vilas, aldeias, e o lugar onde nasci (Gafanha da Boa Hora, em Vagos) que faz parte de Aveiro (a Veneza Portuguesa). Igrejas, Castelos, Torres, Grutas (isso tudo em abundancia em Portugal), tudo muito lindo, mas a ida a Fátima foi demais. Quando pisei no Santuário, senti algo a invadir minha alma que não sei explicar. A sensação era de paz interior, uma luz que vinha do alto e invadia meu coração, uma sensação gostosa de felicidade, num lugar tranquilo, onde todos vão em busca de paz espiritual, de esperança, de milagres e onde a fé predomina no coração de todos que lá vão.

    Por sua história, pela cultura, pelos Rios Tejo, Douro, Mondego, pela culinária, pela hospitalidade e pelos bons vinhos (que delícia!), Portugal deve ser o roteiro de todos que viajarem à Europa.

    Faz um ano que lá estive e a saudade de voltar é imensa. Conto os dias.”

    Augusto Roque

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    Sou jornalista especializada em cultura e tenho 41 anos. Lisboa é o meu lugar no mundo. Os meus pais são portugueses imigrados no Brasil. Depois de fazer o caminho inverso deles, me tornado também imigrante, assumi como missão do Cultuga diminuir a distância que separa o Brasil de Portugal.

    7 Comentários

    1. Linda história, a qual me identifico muito!

      Vim para o Brasil em 79, com 1 ano e 6 meses, familia em busca de crescimento profissional, etc.
      Desde 87 não voltava a Portugal e em 2011 voltei a Portugal para apresentar minha esposa a família e a minha terrinha, e já com 34 anos nesta altura e uma visão madura do que verdadeiramente importa na vida, pude me encantar ainda mais por Portugal. Regressei em 2012 com ela e em 2013 nossa filha nasceu e não pude lá estar.
      Este ano pude ir com minha esposa apresentar a terrinha a nossa princesa e os planos futuros são bem otimistas.

      Parabéns pela página Priscila! Tem sido muito útil!

      • Olá, Mário
        Obrigada pelo carinho e pelo seu comentário aqui no Cultuga!
        A sua história também nos emocionou bastante.
        Mas qual é a história de imigração, em que o coração e a família ficam divididos entre os dois países, que não nos toca profundamente, não é mesmo?
        Boa sorte no seu caminho e no fortalecimento dessa bonita família luso-brasileira (:

        • Obrigado Priscila!
          Com o derrorrer do tempo e os depoimentos, você vai perceber que o Cultuga se tornou uma fonte de prestação de serviço de muita qualidade.
          Força a frente deste projeto e longa vida ao Cultuga!

    2. Que bela e comovente história Senhor Vaz. Mas não é a única, há muitas assim, e a minha embora não sendo igual é parecida.
      Decidi sair em 1989 para o Canadá à procura de melhores condições para os filhos e acho que é quando se sai de lá que sentimos o valor do nosso país como diz a canção dos Starlight , “Portugal nunca saiu de mim”. Apesar de pequenino e viver com dificuldades é efetivamente um paraíso á beira-mar plantado com uma luz e ar do mais puro que existe e onde se pode encontrar de tudo para todos os gostos desde as belíssimas aldeias medievais até ás moderníssimas tecnologias passando pela inigualável gastronomia.
      Compreendo muito bem o que sentiu ao aterrar e também quando teve que regressar ao Brasil, é um inexplicável sentimento de enorme alegria e tristeza ao mesmo tempo…
      Até sempre meu adorado Portugal…

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