Seu guia de viagem em Portugal | 14 anos no ar

    A agência de notícias Lusa fez um hotsite especial sobre os 40 anos da Revolução dos Cravos com documentos e opiniões importantíssimas sobre o ato que deu a liberdade ao povo português no dia 25 de abril de 1974. Reproduzo aqui trechos de uma matéria bem interessante relacionando músicos brasileiros que foram influenciados por esse momento português. Acompanhe!

    “Em abril de 1974, enquanto a revolução ocorria em Portugal, o Brasil vivia o décimo ano da sua ditadura militar, que duraria até 1985.

    Em “Tanto Mar” (1975), Chico Buarque retrata a vontade de viver a mesma “festa” que os portugueses. “Sei que estás em festa pá/ fico contente/ E enquanto estou ausente/ guarda um cravo para mim”, diz a primeira estrofe da canção. “Lá faz primavera pá/ cá estou doente/ manda urgentemente/ algum cheirinho de alecrim”, completam os últimos versos da música.

    A canção foi censurada no Brasil e lançada em 1978, com versos diferentes: “Foi bonita a festa, pá/ fiquei contente/ E inda guardo, renitente/ um velho cravo para mim”. A última estrofe também foi alterada: “Canta a primavera, pá/ cá estou carente/ Manda novamente/ algum cheirinho de alecrim”.

    Já a dupla Kleiton e Kledir lançou a música “Vira Virou”, considerada um fado brasileiro, em 1980. “Vou voltar na primavera/ Era tudo o que eu queria/ Levo terra nova daqui/ Quero ver o passaredo/ Pelos portos de Lisboa/ Voa, voa que chego já” é um trecho da canção, que também foi gravada pelo grupo MPB4 e pela argentina Mercedes Sosa, em espanhol.

    “Quando falo a frase ‘Levo terra nova daqui’, significa em parte que estamos juntos nessa luta de renovação. Aprendemos com Portugal e desejamos que nossas experiências positivas, as lutas no Brasil, também tenham reflexos”, afirmou à Lusa Kleiton Ramil, compositor da música.”

    Leia a matéria na íntegra

    Sou jornalista especializada em cultura e tenho 41 anos. Lisboa é o meu lugar no mundo. Os meus pais são portugueses imigrados no Brasil. Depois de fazer o caminho inverso deles, me tornado também imigrante, assumi como missão do Cultuga diminuir a distância que separa o Brasil de Portugal.

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