Seu guia de viagem em Portugal | 14 anos no ar

    Lisboa é uma cidade inesgotável. Vivo aqui desde 2013 e, mesmo assim, encontro sempre novidades ou repetecos que me trazem novas informações, outros olhares. Para quem está vindo pela segunda (ou décima rs.) vez a capital, deixo a sugestão de um almoço diferente unido a uma experiência genuína lisboeta: atravessar o rio Tejo com um barco de transporte público (ou em um passeio completo com o YellowBoat) para passear e comer em Cacilhas.  

    Use o barco para almoçar em Cacilhas

    Onde fica Cacilhas?

    Cacilhas é uma espécie de bairro da cidade Almada – na também chamada margem sul do Tejo. Somente para que você tenha uma referência, em frente a Lisboa, do outro lado do rio, há diversas pequenas cidades. Junto da Ponte 25 de Abril está Almada. Ela chama a atenção por ter o Cristo Rei de braços abertos para Lisboa. Do lado esquerdo de quem olha para o Cristo Rei está Cacilhas.

    Cacilhas Almada

    Cacilhas Almada

    Cacilhas Almada

    Cacilhas Almada

    Como ir de Lisboa a Cacilhas com o barco

    De Lisboa para a outra margem do rio Tejo há diversos pontos de onde saem barcos que fazem a travessia. Especificamente de Lisboa para Cacilhas, o terminal de barcos públicos fica junto a estação de trem e metro Cais do Sodré.

    A empresa que gere os barcos públicos é chamada de Transtejo e o bilhete a ser utilizado pode ser o mesmo que você já usa em Lisboa para o metro, por exemplo, o cartão Viva Viagem carregado com uma viagem simples de barco (1,50€) ou na categoria Zapping (que sai por 1,35€). Dependendo do dia e da hora de embarque, há travessias a cada 10 minutos ou até meia hora. O percurso de uma margem a outra demora 10 minutos. 

    Para quem deseja fazer um percurso turístico e mais amplo pelo rio Tejo que inclua Cacílhas, veja como foi a nossa experiência com o YellowBoat (este, somente para a alta temporada). Deste, especificamente, a saída é junto a Praça do Comércio.

    Almoçar em Cacilhas

    Junto ao porto de desembarque está uma das principais artérias de Cacilhas, a Rua Cândido dos Reis, repleta de restaurantes e fechada ao trânsito de carros. Um amigo já havia me dito que nós deveríamos atravessar o rio qualquer dia para almoçar por lá. Entretanto, ainda não tínhamos tido a oportunidade.

    Foi uma ótima experiência. Há restaurantes de todos os preços e estilos. Se você é fã de peixes e frutos do mar, poderá encontrar uma boa variedade de pratos frescos por lá.

    Porém, nós optamos pela hamburgueria Estaminé 1955, uma das mais populares da região. Ela foi instalada em um espaço que já foi uma antiga leitaria, respeitando toda a sua estrutura e mantendo certo ar vintage. No menu, encontramos hambúrgueres com produtos tipicamente portugueses, como o bolo do caco (um pão típico da Ilha da Madeira), a alheira e um molho inspirado na Francesinha do Porto.

    Depois, passamos no posto de turismo, que fica nessa mesma rua, para pegar algumas dicas. Seguimos pela rua Elias Garcia até o jardim do Castelo de Almada. Aqui tem um lindo mirante para Lisboa.

    Cacilhas Almada
    Miradouro do Castelo de Almada
    Jacarandá em Cacilhas, Almada
    Jacarandá junto ao Miradouro do Castelo
    Cacilhas Almada
    Vista lindíssima para Lisboa

    Retornamos pela mesma rua e fomos visitar a parte exterior da Fragata D. Fernando II e Glória. Essa foi a última nau a fazer o caminho das Índias, já no século XIX. Um verdadeiro testemunho da história marítima portuguesa. É possível visitar o seu interior também, para quem gosta do assunto ou ainda em companhia das crianças. Ainda voltaremos lá para isso.

    Cacilhas Almada
    Reconhece o bigodão? Homenagem a D. Fernando II, aquele mesmo que tem sua história vinculada ao Palácio da Pena
    Cacilhas Almada
    Fragata D. Fernando II e Glória

    Uma outra sugestão para quem desembarca em Cacilhas é pegar um ônibus (autocarro 3001 da TST) para o Santuário do Cristo Rei. O monumento foi construído com inspiração no Cristo Redentor, do Rio de Janeiro, em cumprimento a promessa de salvar Portugal da Segunda Guerra Mundial. A parte inferior (no próprio estacionamento) têm uma vista incrível para Lisboa.

    Sou jornalista especializada em cultura e tenho 41 anos. Lisboa é o meu lugar no mundo. Os meus pais são portugueses imigrados no Brasil. Depois de fazer o caminho inverso deles, me tornado também imigrante, assumi como missão do Cultuga diminuir a distância que separa o Brasil de Portugal.

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