Seu guia de viagem em Portugal | 14 anos no ar

    Hoje trago aqui algo tão português e que toca profundamente a minha alma, o Fado em Lisboa. Quando vou ao Fado, seja em uma tasca, um restaurante ou um espetáculo, volto para casa com o peito cheio, me sinto completa.

    Neste artigo, você vai entender o que é o Fado e também descobrir como escolher a melhor experiência de Fado em Lisboa, de acordo com o seu perfil de viajante.

    Quando comecei a escrever esse artigo, tinha ido a poucos dias ao Museu do Fado, em Lisboa, para prestigiar o lançamento do disco de um dos fadistas portugueses da atualidade que mais gosto, o Marco Rodrigues. Assim, decidi dar um basta na falta que um artigo sobre o Fado em Lisboa fazia aqui no Cultuga. ❤


    O que é Fado?

    Fado é uma música urbana, genuinamente portuguesa e cheia de sentimento. O Fado nasceu em Lisboa nas tascas, nos pequenos restaurantes e nas ruas e pátios dos bairros mais simples e antigos da cidade, como Alfama e a Mouraria.

    fado em lisboa Alfama
    Vista de Alfama a partir do Miradouro Portas do Sol, uma inspiração clássica do Fado em Lisboa

    A palavra FADO vem do latim fatum, que significa DESTINO

    As raízes do Fado, pasme, estão na dança – um assunto ainda discutido entre estudiosos da área que buscam em documentos antigos os diversos usos desta palavra para expressões artísticas.

    Pulemos, então, essa parte ainda em discussão e vamos direto para o Fado em Lisboa como a grande voz do povo e que não tem lá muita coreografia rs.

    Este, sim, nasceu de forma espontânea, em meio ao convívio das pessoas e marcou o século XIX.

    Homens e mulheres, entre marinheiros, pescadores, velhos, novos, prostitutas, pessoas com ou sem escolaridade – boêmios, se reuniam para cantar dores e amores, protestos, alegrias e também para retratar o dia a dia de um bairro, da cidade.

    Costuma-se dizer até hoje que, para cantar um Fado, basta ter alma. Ser profissional e afinado não é, necessariamente, uma palavra de ordem.

    Assim, essa forma de apresentá-lo, descompromissada, em meio aos amigos e aos copos, foi chamada de “Fado Vadio”. Ou seja, quando qualquer pessoa pode cantar um Fado.

    fado em lisboa: Painel Fado Vadio
    Painel que retrata o Fado Vadio em Lisboa nas Escadinhas de São Cristovão, no bairro da Mouraria
    fado em lisboa
    O Fado em Lisboa pelas ruas da Mouraria…

    E o jantar nas Casas de Fado?

    Então, como o é que o Fado chegou a aquela postura mais formal, dentro dos restaurantes – e que, erroneamente, quem não conhece sua história julga como turístico? (ok, infelizmente, alguns espertos também se aproveitam disso)

    Quer conhecer mais sobre a cultura portuguesa?
    Faça um tour do Cultuga

    Primeiro, é importante saber que o Fado, desde que se tornou Patrimônio Imaterial da Humanidade pela UNESCO, em 2011, está sob os holofotes do mundo e, por isso, também merece respeito em todas as vertentes que colaboram para que esta tradição tão bonita tenha chegado ao mérito e não perca suas principais características.

    Agora, sim, voltamos no tempo. Ainda no século XIX, um nome importante conectou a música do povo a aqueles mais endinheirados: Maria Severa.

    Uma mulher que cantava muito bem, frequentava o circuito de prostituição da Mouraria e era muito atraente (veja ela retratada no painel aí de cima, do Fado Vadio). 

    Ela é considerada a “primeira fadista” – um divisor de águas neste estilo musical – pois tamanho talento e carisma fizeram com que ela ultrapassasse as tasquinhas e ganhasse as festas aristocráticas. E, assim, também inspirou tantas outras pessoas, entre homens e mulheres.

    No início do século XX, o Fado já era popular e difundido, inclusive, pelos meios de comunicação. Não estava somente nas tascas ou nas ruas, como também nos palcos dos teatros e nas rádios.

    E, de acordo com este material do Museu do Fado, é nos anos 1930 que as Casas de Fado começam a aparecer, principalmente no centro histórico de Lisboa – como aquelas que vemos com frequência no Bairro Alto. Nessas casas tradicionais, vemos a apresentação de músicos e fadistas que o fazem profissionalmente.

    Essa é uma explicação superficial e pontual para que seja mais fácil de entender a transformação do Fado em Lisboa (e depois por todo o país) e o valor que todas as suas fases têm.

    Mas, claro, esse é um universo mais profundo e que também implica em mudanças na sonoridade, na melodia e nos poemas escritos ao longo de sua história.


    Que som o Fado tem?

    A sonoridade do Fado é bem característica e facilmente identificável.

    O instrumento – praticamente – indispensável para tocar o Fado é a guitarra portuguesa. Ela tem formato de pera e 12 cordas divididas em 6 duplas. É tocada com um tipo específico de dedilhado – por vezes até bastante virtuoso.

    Podemos, inclusive, chamar de Fado a música somente tocada. Quando há voz, chamamos a letra de poema. E quem canta o Fado é o fadista.

    Diferente do que muita gente pensa, não há só fados tristes. É claro que a melancolia faz parte do povo português – e por isso o Fado também transmite esse sentimento de forma tão marcante. Mas há também fados dos mais diversos temas, inclusive há uma vertente humorística.

    Veja a playlist que montamos no Spotify do Cultuga com uma seleção de fadistas cantando Fados e também músicas folclóricas:


    O Fado de hoje é diferente do passado?

    Vivendo aqui em Lisboa e acompanhando de perto do Fado Vadio aos grandes nomes do Fado nos palcos, vejo que esse é um universo amplo, rico e tão bonito.

    Mas sabe o que mais me emociona nessa história toda?

    Artistas de outros gêneros musicais também fazem parcerias interessantíssimas com fadistas.

    Assim, trazem essa preciosidade cultural portuguesa para o universo contemporâneo, não deixando o Fado esquecido ou emoldurado em um canto qualquer.

    Mas, claro, sempre com respeito as suas principais características e raízes.

    Um exemplo muito bacana é esta linda homenagem ao fadista Carlos do Carmo, o primeiro português a conquistar um Grammy. Uma rádio portuguesa reuniu diversos artistas locais para gravar um de seus principais fados: Lisboa Menina e Moça.

    Uma outra forma de perceber o Fado hoje na cultura portuguesa são essas referências de arte urbana que destaquei um pouco por todo esse artigo.

    Fado em Lisboa: Painel Amália Rodrigues
    Inauguração do painel que retrata a Rainha do Fado, Amália Rodrigues, em Alfama. A obra é de autoria do brilhante artista português Vhils, em parceria com o cineasta Ruben Alves e os calceteiros de Lisboa

    Amália Rodrigues
    A Rainha do Fado

    Assista ao vídeo e saiba quem foi Amália Rodrigues, a Rainha do Fado que inspira tantos músicos – não só do Fado – até os dias de hoje:

    Aliás, deixo aqui outra dica para quem quer saber mais sobre o Fado.

    Há dois anos, fiz um curso com o brilhante pesquisador Rui Vieira Nery, no Centro Cultural de Belém, chamado “Viagens Pela História do Fado”.

    Para quem deseja conhecer mais sobre o Fado, pode comprar o livro dele chamado Para Uma História do Fado.

    LEIA TAMBÉM: O que é o Fado de Coimbra?


    Fado em Lisboa: onde ver?

    Vamos ao que interessa? “Mas, Priscila, eu quero ir a um Fado em Lisboa onde os portugueses vão”é uma das frases que mais costumo ouvir e receber aqui no Cultuga.

    Assim como acontece com o Tango na Argentina ou o Flamenco na Espanha, os portugueses não vão aos Fados de segunda a segunda. Apesar de muitos terem enorme carinho pela música, visitam eventualmente casas de Fado e prestigiam, claro, os grandes nomes da atualidade.

    Entretanto, se você tem curiosidade em conhecer, considere incluir uma ou duas experiências de Fado em Lisboa no seu roteiro de viagem.

    Sou suspeita para falar, pois sou apaixonada por Fado e não somente frequento as casas de Fado, como também vou a shows, compro discos, participo de eventos do Museu do Fado, etudooqueeutenhodireito rs.

    LEIA TAMBÉM: Onde assistir um show de Fado em Lisboa


    Casas de Fado em Lisboa
    O que eu recomendo

    Há muitos restaurantes que oferecem um jantar com Fado em Lisboa. Entretanto, é neste universo que também estão aqueles que são aproveitadores e, além de não ter uma boa cozinha, fazem de tudo para explorar turistas, infelizmente, promovendo uma imagem errada do Fado.

    Se você quer ter uma experiência genuína, procure por restaurantes que têm tradição ou que são geridos por nomes do universo fadista.

    É romântico, inspirador e envolvente.

    Este é o caso da Adega Machado, a minha casa favorita (sem jabá, é amor mesmo). Ela foi fundada em 1937, fica no coração do Bairro Alto e tem a direção artística do jovem Marco Rodrigues (aquele que está no topo desse artigo e que tive a oportunidade de entrevistar há muuuuuito tempo aqui no Cultuga).

    Por esta casa, já passaram Amália Rodrigues, Fernando Maurício, Alfredo Marceneiro e tantos outros. Experiência completíssima. :)

    O jantar com Fado aqui custa a partir de 50 euros por pessoa.

    Fado em Lisboa: Adega Machado
    Apresentação de Pedro Moutinho, na Adega Machado

    A dica é ir com tempo e paciência, pois o jantar com as apresentações é bem demorado.

    A reserva com alguma antecedência também pode significar um dos melhores lugares da casa. São várias as entradas dos fadistas ao longo da refeição e, durante a apresentação, o ideal (e mais respeitoso) é permanecer em silêncio.

    Uma outra casa bem interessante, um pouco menos formal e levemente mais em conta (sai o mínimo de 40 euros por pessoa e tem bom bacalhau) é a Parreirinha de Alfama.

    Desde 1963, ela é propriedade de Argentina Santos – fadista natural do bairro da Mouraria (falecida em 2019, aos 95 anos).

    Fado em Lisboa: Parreirinha de Alfama

    Uma terceira opção que deixo aqui é o tradicional Sr. Vinho. Uma casa de 1975, fundada pela fadista  Maria da Fé, que fica fora do miolo central da cidade (ideal ir de táxi), com músicos sempre elogiados.

    Para um jantar a partir de 60 euros por pessoa, em média.

    Atenção antes de ir ao jantar com Fado

    Obviamente, com o preço que se paga nas casas de Fado em Lisboa é possível fazer um outro tipo de jantar na cidade, com cardápio criativo ou seleção especial de vinhos.

    Apesar de serem cozinhas agradáveis, saiba que o que se paga em um jantar com Fado é também os músicos e a estrutura local – não somente a comida.


    Fado Vadio em Lisboa

    Quem não se importa em dividir mesa com outras pessoas, comer somente um petisco (como um bolinho de bacalhau ou um caldo verde) e acompanhar com um vinho da casa enquanto vê apresentações de fadistas amadores, o Fado Vadio é uma experiência muito divertida e especial.

    Fado em Lisboa: Tasca do Chico

    O meu local de eleição não tem nada de misterioso. É a Tasca do Chico, no Bairro Alto.

    Eu e o Rafa costumamos fazer a reserva por telefone com alguma antecedência, chegamos cedo, por volta das 20h-20h30, e ficamos lá até cansar, comendo um queijinho, batendo um papo e tomando alguma coisa (não tem um consumo mínimo. Gastamos, em média 12 – 15 euros por pessoa).

    É sempre muito cheio, mas vale a pena.

    Há Fado todos os dias.

    É o Sr. João Carlos que atende as pessoas a porta, faz de mestre de cerimônias e também cantarola diversos Fados para abrir a noite.

    Ao longo do período, outros fadistas se revezam.

    O mais bonito que presenciei lá até hoje foi a performance do Sr. Reinaldo Henrique Gonçalves, que tem 90 e tal anos. Sempre que pode, ele sai da linha de Sintra sozinho, de trem, e vai até a Tasca do Chico para apresentar seus fados.

    Fado em Lisboa: Tasca do Chico
    Já passava das 22h, quando conversamos com o Sr. Reinaldo Henrique Gonçalves a porta da Tasca do Chico

    A Tasca do Chico não é segredinho e não está escondida. Você vai ver nas paredes da casa a razão dela ser tão falada.

    Não é marketing. É mesmo a amizade que reúne de fadistas amadores e apaixonados por cantar o Fado com os grandes nomes da atualidade que espalham esse gênero musical pelo mundo, como a Mariza, o Carlos do Carmo e a Carminho, por exemplo (há madrugadas pós-expediente que eles também aparecem para cantar por lá).

    Uma outra experiência interessante para quem vai ficar mais tempo em Lisboa é pesquisar a agenda de projetos que acontecem na cidade, como o Clube Lisboa Amigos do Fado (que conheci lendo essa experiência do blog Mãos de Vaca), por exemplo.

    Há descontraídas tardes e noites de Fado por essas bandas.


    Shows de Fado em Lisboa

    fado em Lisboa: Camané
    O Camané tem feito o lançamento dos seus discos em parceira com a Fnac Portugal. Pude estar no pocket show de estreia dos três últimos álbuns dele por lá. É uma das melhores (e mais emocionantes) vozes do Fado da atualidade.

    Quem chega a Portugal já com algum repertório de música portuguesa, possivelmente tem interesse em assistir também a shows de Fado em Lisboa.

    Há sempre apresentações de músicos profissionais, basta ficar de olho nas agendas culturais das cidades que estão no seu roteiro de viagem a Portugal.

    Aqui no Cultuga atualizamos também a agenda do país em artigos mês a mês com destaque especial ao Fado – incluindo alguns dos meus favoritos.

    Entre os locais que pude ver shows deliciosos ou pequenas apresentações mais intimistas estão o teatro Tivoli, o Centro Cultural de Belém (que tem ao menos um show de Fado por mês), o auditório do Cinema São Jorge, o Coliseu dos Recreios (uma das salas mais bonitas de Lisboa), além dos pequenos espaços das lojas Fnac e do Museu do Fado.

    Fado em Lisboa: Camané
    Sou fã do Camané mesmo (e toda a minha família também é rs.)

    Temos um vídeo especial mostrando a nossa experiência de um show do fadista Marco Rodrigues no lindo Teatro Tivoli, na Av. da Liberdade, em Lisboa!

    Ah, e se você quer algumas sugestões de nomes atuais do Fado para conhecer e ouvir, deixo aqui alguns do meus favoritos: os já citados Camané e Marco Rodrigues, as jovens Gisela João, Ana Moura e Carminho, além dos queridos e clássicos Carlos do CarmoMariza (temos no Spotify do Cultuga várias playlists para você se deliciar) ❤


    Festival de Fado em Lisboa

    Festival de Fado Santa Casa Alfama

    Você sabia que o Fado tem até um festival dedicado totalmente a ele? Essa é, na minha opinião, uma jornada mágica pelo coração de Lisboa.

    O festival de Fado Santa Casa Alfama é realizado anualmente desde 2013, geralmente nos últimos dias de setembro ou início de outubro. O evento ocupa diversos pontos do charmoso bairro de Alfama e nos presenteia sempre com dois dias de muitas experiências do Fado.

    Assim que chegamos ao festival, trocamos o ingresso por um mapa e uma pulseira que nos autoriza a entrada para desfrutar do Fado em locais verdadeiramente especiais, como igrejas centenárias, associações históricas, centros culturais, palcos ao ar livre e o Museu do Fado – geralmente das 17h à meia-noite.

    O recomendado é percorrer o bairro, de palco em palco, ouvindo 4 ou 5 músicas de cada fadista para aproveitar todo o festival. 

    Programe-se para ir verificando antecipadamente as datas no site oficial do Festival (onde também é possível comprar o ingresso e verificar a programação).


    Quer saber mais sobre o Fado?

    Se você quiser conhecer mais sobre o Fado, deixo ainda a sugestão para que assista esse delicioso bate-papo que fizemos sobre o assunto.

    Aproveite e inscreva-se no canal do Cultuga no YouTube para não perder nenhum dos nossos vídeos!

    Sou jornalista especializada em cultura e tenho 41 anos. Lisboa é o meu lugar no mundo. Os meus pais são portugueses imigrados no Brasil. Depois de fazer o caminho inverso deles, me tornado também imigrante, assumi como missão do Cultuga diminuir a distância que separa o Brasil de Portugal.

    20 Comentários

    1. Priscila, boa tarde!

      Muito bom o seu blog. virei fã!!!

      Estamos programando uma vigem a Portugal em maio/2018 e pretendo chegar por Lisboa e fazer o programa que você sugeriu até Porto.

      Com certeza, como amante do Fado, irei aos locais que você sugeriu.

      Entrarei em contato para orçar sua consultoria.

      Abraços

    2. Olá boa tarde sou fadista e Professora de português .
      Adorei o seu artigo.
      Em Madrid tenho uma escola exclusiva de português variante Portugal y Brasil e adoramos explicar aquilo que de melhor temos em comum e em que se destaca cada um dos países
      Parabéns pelo blog
      Obrigada

    3. Oie!!! Infelizmente acabei de chegar da Adega Machado!!! Nada é muito bom!! O preço das coisas então… Absurdas!!!!
      Além dos valores que estão nos cardápios, é cobrado tb impostos altíssimos de bebidas alcoólicas e não alcoólicas e tb em cima das refeições pedidas! E olha que nos nem quisemos jantar lá! Nada nos apeteceu… Meu esposo até pediu um polvo de entrada… Mas que surpresa desagradável!!! Um “pedaço” da Lula e só!! Pedi uns queijos nacionais e vieram uns 7 a 8 pedacinhos de queijo!! Enfim… Não vale a pena MESMO!! Foram 91 euros jogados fora, uma vez que passamos no mc donald’s pra comprar um lanche antes de chegar ao hotel… ????????????????

      • Priscila Roque em

        Olá, Karina
        tudo bem?
        Que pena que a sua experiência tenha sido assim, tão ruim. Entendo que é frustrante pagar caro e ter expectativa sobre uma atração e não ser surpreendido pela positiva. Entretanto, o que comentou – sobre o valor das refeições – é algo que alertamos neste artigo (creio que tenha ido visitá-la por minha indicação, certo?). O valor das refeições se refere a comida e a apresentação dos artistas. As casas de Fado tradicionais funcionam dessa forma e são assim que “sobrevivem”. Por isso, pratos lá servidos a 25€, por exemplo, não são da mesma categoria ou oferecem a mesma quantidade de um equivalente em uma marisqueira. Não se cobra o couvert, mas um valor mínimo de consumo na casa, para também pagar os artistas. Lamento que tenha passado por essa situação, mas reforço o meu carinho e respeito pela casa e também por sua opinião. Já fui algumas vezes nesses últimos 5 anos e recomendo aqui, sobretudo pelo valor e a importância que ela tem para história do Fado e as pessoas que lá se apresentam – os protagonistas, na minha opinião.
        Espero que possa voltar e ter outras experiências com a culinária portuguesa (e isso realmente não se refere ao Fado) – que não é preciso gastar muito para se comer muito bem :)

    4. Pri, queria tirar umas dúvidas.. Como faço pra reserva a Tasca do Chico? e quando vocês falam pra chegar cedo, seria mais ou menos que horas?

      • Olá, Rita
        Tudo bem?

        Eles só fazem reserva por telefone. O número da unidade do Bairro Alto é +351 961 339 696. É preciso ligar a partir das 19h.
        Após confirmarem a reserva, os funcionários indicam para chegar entre 20h-20h30.

        Um grande abraço!

    5. Raimundo Saldanha em

      Boa noite
      Achei muito bonito a reportagem do fado, onde me lembra muito a minha mãe Onde ela cantava muito Amália quando criança.
      Saldanha

      • Que bonito saber disso, Raimundo!
        Ficamos felizes que tenha gostado do texto e que ele fez você relembrar um momento importante da sua infância! :)
        Um grande abraço e seja sempre bem-vindo ao Cultuga!

    6. Valéria Domingues em

      Boa noite!

      Estou nos ultimos detalhes de uma viagem agora em março de 2019. Por favor, o que vocês me diriam do restaurante e do fado do restaurante Afonso o Gordo? recebi essa indicação de conhecidos, mas como vocês não o comentam no seu extenso e belo texto, fiquei na dúvida se realmente é bom. Muito obrigada! Excelente site!

      • Olá, Valéria
        Tudo bem?

        Agradecemos o carinho com o nosso trabalho! :)

        Passamos bastante pela rua onde o Dom Afonso o Gordo está localizado, já que fica perto da Igreja de Santo António e da Sé, mas ainda não fomos comer lá e ouvir Fado. O edifício é histórico, construído no Séc. XVIII.

        Espero que tenha um ótima experiência em qualquer casa de Fado que escolher. ;)

        Um grande abraço e boa viagem!

    7. Estava louca a procura de indicações de locais “reais” pra escutar o fado ” real”. Gosto de muitos que vocês falaram, como Mariza, Ana Moura, Carminho…
      Obrigada por esta matéria, ela está linda.
      Como fiquei com vontade de fazer o curso sobre um pouco da história do Fado…

      • Olá, Isabella
        Caso não seja possível fazer o curso, procure os livros do Rui Vieira Nery – que é o professor e pesquisador que comentei aqui. Você já visitou o Museu do Fado? Aconselho que se inscreva na newsletter deles para ficar sabendo dos eventos que o museu promove, seja para conversas e debates, seja para apresentações. Penso que vá de encontro ao que procura. :)
        Um grande beijo e seja sempre bem-vinda!

        • Muito obrigada pela dica! Irei tentar obter os livros e também visitar o museu.
          Só mais uma pergunta, me deu muita vontade de ir na Tasca do Chico, então ao reservar são reservas de mesa, certo? Ficamos sentados, certo? Pergunto pois irei com meus pais e tenho que ver a logística.

          • Olá, Isabella!
            Isso, a reserva é para a mesa, que poderá ser compartilhada com outras pessoas. Atenção também que são mesas com bancos sem encosto (não cadeiras). É um lugar mais simples e sem conforto, ok? :)
            Um grande abraço

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