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A época de Natal é muito importante para os portugueses. Há diversos costumes do Natal em Portugal que são bastante expressivos – seja para dividir com a família, seja para conviver em comunidade. Eles variam a cada região.
Neste artigo, selecionamos algumas das tradições do Natal em Portugal que são mais inusitadas, sobretudo por levarem nomes menos convencionais e mais engraçados que você vai gostar de conhecer!
Natal em Portugal: os costumes inusitados e os nomes curiosos
Roupa Velha
Roupa Velha: veja como fazer esta receita de Natal no canal do Pingo Doce
No Norte de Portugal, há famílias que têm como costume comer as sobras do bacalhau cozido da ceia de Natal no almoço do dia 25 de dezembro.
Essas sobras são desfiadas de forma mais grosseira, em lascas, e usadas para preparar um novo prato – chamado de Roupa Velha. Ele pode ser servido, inclusive, junto de outros pratos de carne, como o cabrito assado.
A Roupa Velha leva o bacalhau cozido da véspera, batata cozida, couve cozida e ovos cozidos, todos picadinhos e refogados com alho e muito azeite!
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Bananeiro
Do lado esquerdo, a multidão em frente a Casa das Bananas, em Braga, na noite do dia 24 de dezembro. Do lado direito, a tradicional garrafa de Moscatel e a banana para acompanhar (fotos: Facebook Bananeiro Braga)
Uma das tradições mais inusitadas de Portugal no Natal é o Bananeiro de Braga.
Na noite do dia 24 de dezembro, assim que começa a escurecer, muitos moradores da cidade de Braga vão até a Casa das Bananas, que fica na Rua do Souto, no centro histórico, para conviver, beber Moscatel de Setúbal e comer uma banana.
A casa já oferecia bananas aos clientes para acompanhar o Moscatel porque, além de combinarem bem em sabores, era uma forma de não jogar fora as bananas maduras que eram vendidas por lá.
Mas a tradição do Natal começou principalmente com os emigrantes de Braga que iam nesta época do ano visitar as suas famílias – desde a década de 1970. Assim, acabavam por passar na Casa das Bananas para beber um Moscatel e rever os amigos.
Ano a ano, foram juntando cada vez mais pessoas, também lojistas e moradores da cidade, que hoje ultrapassam os limites do estabelecimento e enchem a rua – tornando esse hábito de Natal um dos mais famosos de Portugal.
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O Menino Mija?
“O Menino Mija?” – a tradição do Natal nos Açores hoje dá nome também a um licor desta época do ano
O nome é divertido e se refere a uma tradição da época natalina no arquipélago dos Açores.
Um grupo se reúne para visitar conhecidos (é praticamente uma peregrinação que acontece desde a véspera do Natal até o Dia de Reis). Ao chegar na casa de um amigo ou familiar, o grupo pergunta:
“O menino mija?”
É como uma senha para entrar e conviver, além de saborear doces e licores tradicionais, muitas vezes já postos à mesa ou disponíveis em casa.
Há até aqueles anfitriões que adiantam o convite e dizem aos amigos que “hoje o menino mija cá em casa”.
Por conta da tradição, uma fábrica da Ilha de São Miguel acabou até por criar um licor que leva o mesmo nome especialmente para ser consumido nessa época do ano.
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Queima do Madeiro
O tradicional Madeiro de Penamacor (Foto: Visit Portugal)
Na madrugada no Natal, do dia 24 para 25 de dezembro, diversas vilas e aldeias do interior de Portugal fazem grandes fogueiras geralmente iniciadas após a Missa do Galo, no centro da cidade ou junto a igreja, para “aquecer o Menino Jesus”.
Este encontro da população é chamado de queima do Madeiro.
A queima completa dessa fogueira pode demorar de 3 a 4 dias e serve como ponto de encontro para o convívio das pessoas, com música e boa conversa, enquanto comem e bebem.
A recolha e o transporte da madeira para essa fogueira também faz parte de um ritual que une população dias antes.
O mais famoso Madeiro de Portugal é feito na vila de Penamacor, no centro do país. Entretanto, este começa um pouco mais cedo, em 23 de dezembro, e mantém-se aceso por vários dias.
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Magusto da Velha
Magusto da Velha na Aldeia Viçosa: “chove” castanhas do topo da Igreja Matriz (foto: Município da Guarda)
Na Aldeia Viçosa, que fica na Serra da Estrela, há uma tradição chamada de Magusto da Velha.
No dia seguinte ao Natal, a população relembra uma história do século XVII, em que uma senhora de posses teria oferecido aos habitantes castanhas e vinhos – para que ao menos pudessem saboreá-los uma vez no ano.
Portanto, em 26 de dezembro, ao lado da grande fogueira (o Madeiro) faz-se uma grande festa.
Cerca de 150kg são lançadas da Torre Sineira da Igreja Matriz. Ou seja, “chove” castanhas para a população, que as come junto com o vinho novo servido para lembrar esta senhora – a velha – que não se sabe o nome.
Somente como curiosidade, “magusto” é o nome que se dá aos festejos que acontecem durante o outono e inverno (e não necessariamente ligados ao Natal) para celebrar a colheita das castanhas e a produção do vinho novo – isso acontece um pouco por todo o país.
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Fritos de Natal
O Natal em Portugal acontece durante o inverno. Assim, é comum que na ceia e no almoço de Natal a mesa esteja repleta de comidas e doces mais pesados – adequados a temperatura.
Uma dessas tradições são os fritos de Natal!
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São massas fritas e adocicadas, algumas também podem levar recheio.
Um dos doces mais tradicionais do Natal em Portugal é o sonho.
Diferente do Brasil, o sonho de Natal tem a aparência de um bolinho de chuva, leve e fofo, polvilhado com açúcar, mas podem ser de abóbora, cenoura ou laranja.
Sonho: um dos doces típicos do Natal em Portugal
Há também os filhós, que são mais compactos e consistentes, ou as azevias, que levam como recheio batata doce, abóbora ou grão de bico.
Filhós da histórica Pastelaria Versailles, em Lisboa
Azevia
Um outro frito de Natal bastante popular é o coscorão. A aparência dele lembra até a massa de pastel do Brasil, mas não leva recheio e depois de pronto ele é polvilhado com açúcar e canela.
Coscorão
Ah, e a rabanada também se inclui nessa lista de fritos de Natal típicos de Portugal!
Rabanada
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