Seu guia de viagem em Portugal | 14 anos no ar

    Os monumentos e os patrimônios históricos de Portugal são as “estrelas” de muitas regiões do país. Porém, há outras atrações que chamam a atenção de muitos turistas, principalmente aqueles que viajam pela segunda, terceira ou quarta vez ou ainda os que buscam locais alternativos.

    Um ótimo exemplo disso é o Bacalhôa Buddha Eden, o maior jardim oriental da Europa. Com 32 hectares, ele fica em Bombarral, na região centro (apenas a 77 km de Lisboa), e reúne diversas imagens de budas e também obras de arte moderna e contemporânea. Além disso tudo, há uma área verde enorme para contemplar a natureza.

    Jardim Bacalhôa Buddha Eden

    Jardim Bacalhôa Buddha Eden no centro de Portugal

    A origem deste jardim

    Jardim Bacalhôa Buddha Eden

    A ideia da construção do espaço foi do empresário português José Berardo, principal acionista da Bacalhôa Vinhos de Portugal, S.A., que tem adegas e vinhas nas principais regiões produtoras do país: Península de Setúbal (Azeitão), Alentejo, Douro, Lisboa, Bairrada e Dão.

    Berardo pensou no belíssimo jardim como forma de protesto a destruição dos Budas Gigantes de Bamyan, no Afeganistão, que aconteceu no início dos anos 2000.

    Como chegar ao Bacalhôa Buddha Eden?

    A localização do Bacalhôa Buddha Eden é ótima para quem faz uma viagem de carro por Portugal. São menos de 80km de Lisboa pela A8 (autoestrada) e um pequeno trecho da N8.

    A partir da cidade de Coimbra, também na região centro do país, são cerca de 140km através da A1 e da A8.

    Não há transporte público até o jardim, por isso, alugar um carro ou contratar um tour privativo são as melhores opções. O estacionamento é amplo e com muitas vagas.

    Jardim Bacalhôa Buddha Eden

    O que ver no Bacalhôa Buddha Eden?

    Aconselho vivamente a visita ao Bacalhôa Buddha Eden aos apaixonados por jardins. Nele, você terá uma amostra do que é um espaço muito bem cuidado, organizado e pensado para desfrutar e relaxar.

    Jardim Bacalhôa Buddha Eden

    A primeira sensação que eu tive ao passar pela bilheteria (o ingresso custa 6€) foi a de “não estar mais em Portugal”. É como você viajasse até o oriente sem sair do ocidente. É clichê dizer isso, mas é a verdade. Todos os detalhes do lugar foram pensados para se ter essa “viagem”.

    Jardim Bacalhôa Buddha Eden

    A escadaria central é o ícone do lugar e a mais fotografada pelos visitantes. É nela onde estão os budas dourados e outras figuras marcantes que chamam bastante atenção.

    Vi várias pessoas deitando ou sentando ao lado (até no colo!) dos budas. Acredito que isso possa ser um pouco estranho para quem segue o budismo. Entretanto, a ideia do espaço não é ser um templo de meditação e devoção, mas de envolvimento e interação do visitante. ;)

    Jardim Bacalhôa Buddha Eden

    Jardim Bacalhôa Buddha Eden

    Destaco o enorme Lago do Pagode, os emblemáticos Guerreiros Xian em Terracota e o Anfiteatro – onde estão as esculturas de Arte Moderna e Contemporânea que fazem parte da coleção da Fundação Berardo (incluindo obras da portuguesa Joana Vasconcelos).

    Jardim Bacalhôa Buddha Eden

    Na minha opinião, poderiam ter mais detalhes a respeito das obras de arte e até mesmo das imagens orientais, principalmente dos budas. Outro ponto é o mapa de localização. Só vi um na entrada. Aconselho que você tire uma foto com seu telefone ou salve a imagem que está no site para facilitar o seu passeio.

    Para quem aprecia os vinhos da Bacalhôa, saiba que há provas feitas na adega da Quinta dos Loridos, logo ao lado da entrada do jardim ou na Loja, de segunda a sexta, sempre com marcação prévia.

    Jardim Bacalhôa Buddha Eden

    Eu visitei o jardim durante um sábado agradável de inverno. Haviam muitas famílias e casais portugueses. Por ser baixa temporada, quase não ouvi turistas estrangeiros, porém, a procura deve ser maior durante o verão.

    Jardim Bacalhôa Buddha Eden

    Jardim Bacalhôa Buddha Eden

    Jardim Bacalhôa Buddha Eden

    Como incluir este jardim no seu roteiro de viagem

    A melhor maneira de colocar o belo jardim Bacalhôa Buddha Eden no seu roteiro de viagem é num bate-volta a partir de Lisboa ou para o viajante que faz um percurso entre Lisboa e o Porto, dormindo ou não em alguma cidade da região centro.

    Os destinos que estão nas proximidades que eu indico conjugar são Óbidos (13 km), Alcobaça (50km), Nazaré (52km) ou Batalha (70km). Os caminhos são fáceis, rápidos e seguros.

    Uma rota diferente para quem parte de Lisboa é incluir uma visita ao incrível Palácio de Mafra (Séc. XVIII) no período da manhã e depois seguir para o Bacalhôa Buddha Eden a tarde.

    Para o seu passeio ser bastante proveitoso, aconselho que não inclua mais do que duas paradas. Faça as coisas com calma, apreciando o que de melhor cada lugar tem para oferecer.

    Onde comer nos arredores do Buddha Eden?

    A gastronomia portuguesa é rica de norte a sul (inclua as ilhas também ;) ). A experiência de comer em um restaurante típico faz parte de uma viagem por Portugal. Perto do Bacalhôa Buddha Eden tem alguns que eu recomendo.

    O Forno do Avô é aquela opção bom e barato que vale a pena. A variedade do menu vai desde comida tradicional até pizzas. Os pratos do dia são boas pedidas. O meu bacalhau com broa estava saboroso e bem servido. O espaço é amplo, familiar e fica apenas 5 minutos de carro do jardim.

    Mais a norte, indico também a Adega do Luís, na Serra de Aire e Cadeeiros, um restaurante típico gerido por um simpático casal. Vários pratos e produtos servidos no lugares saem do quintal do Sr. Luís e da Sra. Olávia. Você pode ler mais sobre ele aqui neste artigo especial.

    Sou jornalista, luso-brasileiro, tenho 40 anos e gosto de apreciar a gastronomia portuguesa. Lisboa me trouxe um time de futebol do coração, o Sporting, mesmo tendo o tênis como o meu principal esporte. Troco fácil os transportes públicos por uma longa caminhada. Na minha playlist de música portuguesa não falta David Fonseca, Moonspell e Tiago Bettencourt.

    2 Comentários

      • Muito obrigado, Ivar!
        É um local muito lindo e diferente do que estamos habituados em Portugal.
        Um grande abraço e seja sempre bem-vindo ao Cultuga!

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